Sem dúvida, a fotografia de pássaros é uma disciplina muito desafiadora, na qual devemos
considerar muitos aspectos para que o resultado obtido seja o que procuramos. Isso
vai desde conhecer muito bem o assunto que estamos fotografando, neste caso os pássaros, mas
também muitas questões técnicas relacionadas ao gerenciamento do equipamento e à própria técnica
fotográfica.
É extremamente importante que o arquivo que obtemos na câmera
atenda a determinadas características para que o resultado final seja ideal. E uma dessas
características tem a ver com a nitidez que obtemos na fotografia, o que não é fácil se
não entendermos os fatores que a influenciam. Assim, são identificados vários conceitos
que devemos tratar ao fazer o clique.
A primeira está relacionada ao foco da nossa imagem, que é aquela área ou área da imagem
que permanece nítida, que geralmente está na fotografia de pássaros no alho do animal. Por
esse motivo, hoje temos uma tecnologia muito avançada para tornar esse processo o mais
simples e rápido possível. Assim, funções como AF-C ou foco contínuo nos ajudarão a
manter o foco no objeto, mesmo quando ele estiver se movendo em alta velocidade.
Além disso, a escolha da área de foco será outro ponto importante para otimizar ao máximo nosso
sistema de foco automático, além dos algoritmos de detecção de olhos/cabeça/corpo que podemos encontrar nos modelos mais recentes de câmeras da Sony.
Compreender e gerenciar
bem esses fatores é de extrema importância para alcançar um foco rápido e preciso.
O segundo ponto importante tem a ver com a velocidade do obturador que
usaremos em determinadas circunstâncias. Devemos entender que estamos fotografando
pássaros, que são rápidos e cujos movimentos não são previsíveis; portanto, poder congelar seus
movimentos será uma de nossas grandes tarefas. Para isso, usamos velocidades de
obturador de milésimos de segundo, variando de 1/1000 a 1/8000 seg.
Também é importante entender que essas velocidades podem variar dependendo da distância
até o objeto, bem como da direção do movimento em relação ao eixo da lente que o
pássaro que eu quero fotografar está tendo. Esses são pontos essenciais para criar uma imagem nítida,
evitando trepidação ou movimento. E se somarmos a isso o uso correto dos sistemas de estabilização de imagem
que encontramos nas lentes e nos corpos das
camas da Sony, assumiremos o controle desse aspecto.
O terceiro ponto que influencia a nitidez de nossas fotografias de pássaros é a profundidade de
campo (definida como a área de nitidez na frente e atrás do ponto focado) que
estou obtendo dos 3 fatores que explicam isso, que serão a abertura da lente, a distância focal usada e a distância efetiva
até o objeto. Esses três parâmetros são muito
importantes para garantir a obtenção de uma profundidade de campo adequada que nos permita
ter nitidez da ponta do bico do pássaro até a cauda. Portanto, podemos variar esses
parâmetros à vontade, dependendo da situação que estamos fotografando.
Por último, mas não menos importante, um fator relevante na definição final da imagem
é a luz que estamos usando para fotografar. É assim que perceberemos que
existem certas luzes que destacam melhor os detalhes e outras que tendem a ocultá-los,
como as áreas escuras geradas por uma luz forte, onde encontraremos
muito ruído e, portanto, pouca informação. É por isso que luzes mais suaves, que
não geram tantos contrastes, como as luzes da manhã ou do entardecer,
fornecerão melhores detalhes em nossas fotografias de pássaros.
Se você quiser se aprofundar nesse tópico, convido você a assistir ao vídeo que fiz sobre o assunto, onde,
com muitos exemplos, ilustro cada um dos fatores que mencionei aqui para
melhorar a nitidez de suas fotografias de pássaros.